What became of the Star System in Architecture?

28 April 2015 / Ordem dos Arquitectos, Lisboa / 6 p.m.

 

What became of the star system in architecture?

 

In June 1937, the magazine A Arquitectura Portuguesa e Cerâmica e Edificação (Reunidas) devoted its issue 27 almost entirely to Cassiano Branco. The editorial team made up of Júlio Martins, from the ceramics industry, and Thomaz Ribeiro Colaço, a literary writer and essayist, which took over the periodical between 1935 and 1945, granted Cassiano Branco a protagonist status. The architect of the Victória-Hotel and of the daring Caparica plan saw his work published in the magazine more often than any other architect while the editorial responsibility remained shared between Martins and Colaço, two characters with different backgrounds, outsiders to the discipline of architecture. Cassiano Branco thus gave expression to the economic and industrial drive set in motion in the 1930s, associated to the consolidation of the Estado Novo political regime.

The 1930s and the current times offer profound conjunctural differences which in turn result in different frameworks through which to consider how architects are treated as authors in the specialized press.

Taking Cassiano Branco as a case in point, this session opens up the debate on the protagonism of architects in specialized magazines and mainstream periodicals, and how their auctorial personality is explored in these media.

 

O que é feito do star system da Arquitectura?

 

Em Junho de 1937, a revista A Arquitectura Portuguesa e Cerâmica e Edificação (Reunidas) dedicava o número 27 praticamente na íntegra a Cassiano Branco. A dupla constituída por Júlio Martins, industrial ceramista e Thomaz Ribeiro Colaço, plumitivo escritor e ensaísta, que assumiu a direção do periódico, entre 1935 e 1945, atribuiu a Cassiano o estatuto de protagonista. O arquitecto do Victória-Hotel e do ousado plano da Caparica foi aquele que mais vezes viu a sua obra publicada enquanto a direção da revista se manteve partilhada entre Martins e Colaço, personagens oriundos de mundos diversos, externos à disciplina arquitetónica. Cassiano deu expressão ao impulso económico e industrial gerado na década de 30, associado à afirmação contextual do Estado Novo. 

Entre a década de 30 e o período atual existem profundas diferenças conjunturais, as quais pressupõem enquadramentos igualmente diferenciados em relação ao modo como são tratados os autores da arquitetura na impressa especializada.

A partir de Cassiano Branco lança-se um debate em torno do protagonismo de arquitetos em revistas especializadas ou periódicos generalistas, bem como sobre o modo como através destes media é explorada a personalidade autoral dos mesmos.

 

Paulo Tormenta Pinto (organizador/coordinator); André Tavares; Joaquim Moreno; Nuno Grande; Tiago Mota Saraiva;

 

Coordenação geral: Rute Figueiredo e Paulo Tormenta Pinto

 

Os ciclos de debates contaram com a parceria institucional da

Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos

 

Apoios:

Biblioteca da Ordem dos Arquitectos, MUDE, ESAD

 

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Architecture as seen by architects

23 April 2015 / FCSH, Lisbon / 6 p.m.

 

Architecture as seen by Architects

 

It would be hard to deny that the specialty journals were, always, privileged places for the construction of a narrative about Architecture. Indeed, the architects, simultaneously protagonists and builders of their own knowledge’s discourse, have come to define the history of architecture from the building works, looking them as entities liable to reconfigure the settings in which they are included and the identity of their authors. This session aims to put the architect at the center of the debate and understand the position that he occupies in the definition of such narrative, and to what extent this relationship determines the subsequent readings.

Margarida Acciaiuoli (organizador/coordinator); José Augusto; Michel Toussaint; França Nuno Portas;

 

Coordenação geral: Rute Figueiredo e Paulo Tormenta Pinto

 

Os ciclos de debates contaram com a parceria institucional da

Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos

 

Apoios:

Biblioteca da Ordem dos Arquitectos, MUDE, ESAD

 

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Vitruvius Mozambicanus

12 March 2015 / Ordem dos Arquitectos, Lisbon / 6 p.m.

 

Vitruvius Mozambicanus

 

Based on the cover theme Vitruvius Moçambicanus that celebrated in Portugal Pancho Guedes’ architecture in Arquitectura magazine, this session brings together guests to discuss the dissemination of Tropical Architecture in Europe, specifically from a Portuguese base.

The debate builds on the fact that Portuguese architecture kept specially close links with other architectural expressions come from outside Europe – Brazil, the South-American continent generally, Africa, India and Oceania. This fact serves as a starting point to reflect on the coverage and reception that the latter had in architectural periodicals both in Portugal and in the rest of Europe. The aim is to consider the relevance that non-European architecture had in such publications and the kind of discourse that accompanied its dissemination over time.

Chronologically, this session spans from World War II to Portugal’s entry to the European Union, thus coinciding with the time scope of the research project “O Lugar do Discurso” and corresponding to a period in which periodicals took on an increasing role in shaping a critical discourse and confirming an interest in emerging cultures. Geographically, the debate will focus on Portuguese and European publications and their positions with regard to architectural projects outside of Europe.

Vitruvius Mozambicanus

 

A partir do tema de capa Vitruvius Mozambicanus que, em Portugal, celebrou a arquitectura de Pancho Guedes na revista Arquitectura Portuguesa, reúne-se um conjunto de convidados em torno do tema da divulgação da Arquitectura Tropical na Europa, interpelando o papel de Portugal nesse processo. O número seria lançado em 1985, precisamente dez anos depois de concluídos os processos de descolonização na antiga “África Portuguesa”.

 O debate que se pretende fazer, parte do contacto privilegiado mantido entre a cultura arquitectónica portuguesa e outras expressões arquitectónicas vindas de fora da Europa – do Brasil, do continente sul-americano, de África, ou da Índia e da Oceânia. Este é o ponto de partida para uma reflexão sobre o eco e a recepção que estas realizações tiveram nas publicações periódicas de arquitectura, tanto em Portugal como no resto da Europa. Pretende-se assim reflectir sobre a importância da arquitectura extra-europeia nestas mesmas publicações, e que discursos acompanharam essa divulgação.

O foco cronológico é entre a 2ª Guerra Mundial e a entrada de Portugal na União Europeia. Esta última data coincide com o fecho do arco temporal do Projecto de Investigação “O Lugar do Discurso”. O período em análise corresponde a uma fase de afirmação das publicações periódicas na formação de um discurso crítico e da confirmação do interesse nas culturas emergentes, algumas das quais saídas de antigos sistemas coloniais, entre as quais a moçambicana, que Pancho ajudara a consolidar.

 

Ana Vaz Milheiro (organizador/coordinator); Hugo Segawa; José Luís Saldanha; José Manuel Fernandes; Miguel Santiago

 

Coordenação geral: Rute Figueiredo e Paulo Tormenta Pinto

 

Os ciclos de debates contaram com a parceria institucional da

Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos

 

Apoios:

Biblioteca da Ordem dos Arquitectos, MUDE, ESAD

 

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VHS Architecture Lisbon, 1980s: The Post-Modernism Symposia

10 April 2015 / Auditório, MUDE – Museu do Design e da Moda, Lisboa / 10 a.m.

 

VHS Architecture Lisbon, 1980s: The Post-modernism Symposia

 

Between 1982 and 1986, the Department of Architecture at Escola Superior de Belas Artes (ESBAL) organized a series of four international symposia devoted to the advent of post-modernism.  It was an uncommon and ambitious initiative at the time, and it brought together some of the most influential architects in this area.

They were welcomed by Tomás Taveira, a key player in the dissemination of the concept and practice of post-modernism in Portugal, and an active promoter of these symposia together with Augusto Brandão (Director of Architecture at ESBAL).

Leonor Matos Silva’s PhD research “unearthed” the tapes of three of these events.

The Seminar VHS Architecture. Lisbon, 1980s: The Post-Modernism Symposia, will bring these documents to the public for the first time with the aim of fostering a debate on the contents, reception and context of these discourses within the framework of Portuguese architecture.

Tomás Taveira, leading figure of the post-modernist movement in Portugal, is invited to this reunion with a forgotten part of Portuguese architecture’s recent history.

 

Arquitectura em VHS. Lisboa, Anos 1980: Os Simpósios do Pós-modernismo

 

Entre 1982 e 1986 decorreram, por iniciativa no Departamento de Arquitectura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (DA-ESBAL), quatro simpósios internacionais dedicados ao advento do pós-modernismo. Tratava-se de uma iniciativa ambiciosa e pouco comum à época para a qual são chamados alguns dos arquitectos mais influentes nesse contexto.

Serão recebidos por Tomás Taveira, personalidade central na difusão do conceito e da prática de pós-modernismo em Portugal, e activo promotor dos Simpósios, com Augusto Brandão (Director do DA-ESBAL).

No decurso da investigação de doutoramento de Leonor Matos Silva, a filmagem de três desses seminários foi posta a descoberto.

O Seminário Arquitectura em VHS. Lisboa, Anos 1980: Os Simpósios do Pós-modernismo pretende trazer esses documentos a público, pela primeira vez, abrindo um debate sobre aquilo que foram os conteúdos, a recepção e o contexto desses discursos no quadro da arquitectura portuguesa.

Tomás Taveira, figura liderante do movimento pós-modernista em Portugal, será convidado para esse reencontro com uma parte esquecida da nossa história recente.

 

Jorge Figueira, Leonor Matos Silva (organizadores/coordinators); Augusto Pereira Brandão; José Gorjão Jorge; Rute Figueiredo; Tomás Taveira

 

Coordenação geral: Rute Figueiredo e Paulo Tormenta Pinto

 

Os ciclos de debates contaram com a parceria institucional da

Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos

 

Apoios:

Biblioteca da Ordem dos Arquitectos, MUDE, ESAD

 

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Architecture as seen by non architects

25 February 2015 / Biblioteca da Ordem do Arquitectos Secção Regional Sul, Lisbon / 6 p.m.

 

Architecture as seen by non architects

 

Based on the title of an inquiry promoted by Jornal dos Arquitectos in October 1986, this session aims at reopening the debate on the disciplinary field of Architecture, questioning its boundaries and opening up to points of view “external” to it. Taking into account the many shapes that the discourse on Architecture as a discipline took on throughout the twentieth century, it is worthdiscussing what are considered today to be its boundaries. To this end it is particularly relevant to take into account the dynamics of mutual influence, interrelation and even intersection or juxtaposition, that Architecture has established with artistic production, scientific activity and technology, among others. Architecture does indeed seem to constitute today a practice with fluctuating borders, one that simultaneously strives to assert itself as an autonomous disciplinary field, with its own specificities, while revealing itself as an heterodox and constantly expanding arena.

Arquitectura vista por não arquitectos


Tomando como ponto de partida o título de um inquérito promovido pelo Jornal dos Arquitectos em Outubro de 1986, esta sessão pretende recolocar o debate sobre o campo disciplinar da Arquitectura, questionando os seus limites e privilegiando perspectivas que lhe são “exteriores”. Na sequência das múltiplas reconfigurações que o discurso sobre a Arquitectura, enquanto disciplina, assumiu ao longo do século XX, importa pois discutir o que actualmente se considera serem os seus contornos — tendo sobretudo em conta as dinâmicas de mútua influência, de inter-relação, senão mesmo de intersecção ou justaposição, que a Arquitectura tem vindo a estabelecer com a produção artística, a actividade científica ou o campo tecnológico, entre outros. Com efeito, a Arquitectura parece hoje constituir-se como uma prática de fronteiras flutuantes, que, ao mesmo tempo que procura afirmar-se enquanto campo disciplinar autónomo, com especificidades próprias, tem vindo a revelar-se como um território heterodoxo e em constante

alargamento.

 

Coordenação geral: Rute Figueiredo e Paulo Tormenta Pinto

 

Os ciclos de debates contaram com a parceria institucional da

Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos

 

Apoios:

Biblioteca da Ordem dos Arquitectos, MUDE, ESAD

 

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