Revolution, Architecture and Society. Challenging the chronology.

23 March 2014 / Clube Português de Artes e Ideias, Lisbon / 6 p.m.  

 
 
Revolution, Architecture and Society. Challenging the chronology

  In this session we would like to challenge the chronology, to signal the cultural shock and to enunciate the changes promoted by the revolution. We would like to discuss how far does the key of the imagination of a new world iPad casino? This in regards to the way of thinking and making architecture. Was it too late in 1977? Was it already another time the one of 1984? What is the pertinence of analysing and observing the actions of a specific field of knowledge through its chronological history? How far do these boundaries take us? Do they open or close new perspectives of understanding?  

Revolução, Arquitectura e Sociedade. Desafiar a cronologia

  “…certos rios penetram na terra e reaparecem mais tarde, fazendo surgir as mesmas águas em novas margens.”Alexis de Tocqueville. O Antigo regime e a revolução Tinham passado dois anos da Revolução de Abril quando Raul Hestnes Ferreira escreveu ter o regime exonerado os tecnocratas e integrado no sistema os arquitectos dotados de espírito crítico. Esta leitura configurava a hipótese de um circuito aberto entre a arena política e a Arquitectura. Configurava um comprometimento e uma determinação da primeira sobre a segunda. Ao mesmo tempo, sabemos que nem sempre o tempo da revolução política é coincidente com a transformação noutras paragens do pensamento e  acção humana. Para entender o gérmen e o génio de um tormento avassalador como é o de uma revolução, precisamos retomar os percursos dos seus personagens e discutir até onde podemos recuar ou avançar para definir os primeiros traços grossos da sua fisionomia e temperamento. E até onde essa fisionomia se exibe como retrato de um tempo. Neste encontro, queremos desafiar a(s) cronologia(s) e sinalizar os embates e o anúncio de um devir. Queremos discutir até onde persiste a chave de imaginação de um mundo novo nas formas de fazer e pensar a arquitectura. Era já tarde em 1977? Era já outro tempo de 1984? Qual a pertinência analítica em observar a acção de um determinado campo do saber a partir de uma cronologia da história política formal? Até onde nos levam essas barreiras? Fecham ou abrem novas perspectivas de entendimento e de definição da história da arquitectura em Portugal?   Inês Brasão (organizador/coordinator); João Afonso; José António Bandeirinha; Raul Hestnes Ferreira; Sofia Borges Reis; Vítor Matias Ferreira